Sem confetes. A Prefeitura de São Luís anunciou que dará início hoje ao pagamento de 771 cooperados e terceirizados da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Até aí tudo bem, é até louvável a atitude do prefeito, que honra com o compromisso e põe fim – assim espera-se -, a uma angústia que já durava mais de 3 anos. Os 771 trabalhadores estavam sem receber desde a gestão João Castelo (PSDB), rejeitado pela população na eleição de 2012.
O que chama a atenção é o fato de alguns setores da imprensa agora quererem jogar confetes em Edivaldo Holanda Júnior (PTC), que agiu unicamente por pressão, o que virou rotina em seu governo.
Os trabalhadores que agora devem ser ressarcidos de meses de trabalho não remunerado, foram obrigados a se submeter a humilhação na porta da Prefeitura de São Luís, num protesto que foi iniciado no dia 18 de dezembro de 2013.
“Acampados” na rua e expostos diariamente a sol e chuva, pais e mães de família – desrespeitados por todo esse tempo -, denunciaram inclusive terem sido vítima de ameaça por parte de um delegado de Polícia, que trabalhou no gabinete de Edivaldo Holanda, o pai, na Assembleia Legislativa.
Foram sujeitos aos mais diversos ataques por setores da mídia holandista – que acusaram o grupo de movimento político supostamente liderado pelo vereador Fábio Câmara (PMDB) -, e em diversas oportunidades foram impedidos de terem acesso à administração municipal. Por muito ficaram sem respostas
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A humilhação somente chegou ao fim, por que o prefeito só age quando pressionado. Em outros casos ele foge de São Luís [relembre aqui]. Na base da “pressão” Edivaldo resolveu o problema do Programa do Leite nas Escolas [reveja aqui], após manifestação pública de pais de estudantes da rede municipal; foi assim também em relação à pelo menos duas paralisações de advertência de profissionais da Saúde no Socorrão I no ano passado. Os funcionários pediam melhores condições de trabalho e a saída de Yglesio Moyses. Da mesma forma ocorreu em relação a diversos serviços feitos pela Prefeitura de pavimentação e drenagem em bairros da periferia, que somente ocorreram após protestos da população.
Edivaldo não age antecipadamente ou de forma planejada, jamais apresentou um programa de Governo e apenas fracassou nos primeiros 12 meses de gestão. E o pagamento de profissionais que prestaram serviços para a Prefeitura somente agora, após 28 dias de “acampamento” em frente a Prefeitura, foi só mais uma prova disso. O resto, é confete.
Talvez a imprensa esteja divulgando positivamente o pagamento feito por Edivaldo, pois há vários casos de gestores que não cumprem acordos. Mas quem deve está felizes são os cooperados, pois o débito vem desde a gestão de Caostelo.
O povo parece nunca está satisfeito se não pagasse era pq era um mau gestor. Se paga paga, só o fez pela pressão. Não entendo, o papel da sociedade é cobrar políticas públicas eficientes. Ao menos Holandinha vai cumprir com o acordo que Castelo sequer deu atenção.